Com mais de 280 casos positivos de dengue, o Departamento de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde já considera que o município vive uma epidemia da doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. “Considerando o nosso número de habitantes, já temos uma epidemia, tendo em vista o percentual de casos positivos para o número de exames analisados”, explica o presidente do Comitê Gestor, Carlos Bezerra.
“Estamos atuando nas áreas onde continua a circulação, com bloqueios e pulverização com bomba costal. Continuamos insistindo para que a população faça o dever de casa, pois essa é a principal causa para termos chegado a essa situação”, ressalta Bezerra. Ele disse que o município vai solicitar à Secretaria Estadual da Saúde o fumacê em algumas áreas e continuar o trabalho de campo com os agentes de endemias, na eliminação de criadouros.
“Com a chegada do frio a tendência é amenizar a situação, tendo em vista menos exposição do corpo para picada do mosquito bem como menor circulação do inseto. Estamos atentos também para acompanhar os casos nos Pronto Atendimentos dos hospitais e unidades de saúde”, informa Bezerra, ao acrescentar que no mês de julho será realizado um novo Levantamento Rápido de Índice para Aedes Aegypti (LIRA) para averiguar o índice de infestação.
O último LIRA, realizado em maio, apontou um índice de 5,40 por cento de infestação, considerado alto, já que o aceitável pelo Ministério da Saúde é abaixo de um por cento. Dos 1.769 imóveis verificados, em 96 foram encontrados focos do mosquito, a maioria em residências (74 por cento). Os principais criadouros são piscinas, tambores, tanques, poço e lona plástica e lixo doméstico a céu aberto nos quintais, como sucatas e reciclados.